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Arte: As Emocionantes Fotos de Evgen Bavcar

                                          Foto Ilustração: Evgen Bavcar

Enxergo muito bem com os olhos da imaginação, do desejo, da liberdade”.                             (Evgen Bavcar)

A frase é de um Cineasta, Fotógrafo e Professor de Filosofia da Estética na Sorbonne, nascido em uma pequena cidade da Eslovênia, em 1946, e naturalizado francês, que recebeu, em 1998, o título de Fotógrafo Oficial de Paris, a Cidade Luz. Desde então, seu trabalho ganhou notoriedade e respeito mundialmente!

Essa seria apenas mais uma história de sucesso, de um profissional, que com seu talento, conseguiu ser reconhecido. Seria… se esse homem não fosse Evegen Bavcar, cego desde a adolescência após dois acidentes consecutivos, aos 12 anos.

“Não me tornei cego imediatamente, mas pouco a pouco. Estendeu-se por meses, como se fosse uma despedida longa da luz. Foi o tempo que eu tive para capturar rapidamente as coisas mais belas, as imagens de livros, cores e fenômenos celestes, e para leva-los comigo em uma viagem sem retorno”.

Foi ainda adolescente que ele decidiu ser fotógrafo. Tanto para ir contra à sua condição, quanto para produzir imagens.

“Por que um cego, não pode produzir imagens para os que vêem? Minha tarefa é a reunião do visível e do invisível. A fotografia me permite  perverter o método estabelecido de percepção entre os que vêem e aqueles que não vêem.”

Fotografar uma realidade que não se vê. Enquadrar uma cena que apenas se imagina. Escolher o melhor ângulo por instinto, por uma sensibilidade incrível. As capturas das lentes de Bavcar convidam à imaginação. As imagens propõem uma “entrada em um terceiro olho – o olho da intuição, da criação”.

Ele conta o que sentiu, quando fotografou pela primeira vez:

“Senti um prazer enorme tendo roubado e fixado em um filme algo que não pertencia a mim. Descobri que poderia, secretamente, possuir algo que eu não podia ver. Todos nós temos imagens dentro de si.”

Com ajuda de luzes portáteis, da descrição da cena por várias pessoas, criando a imagem na cabeça, Bavcar concebe as fotos, quase sempre, durante a noite. Para rever e esculpir seus trabalhos, ele costuma pedir a descrição da foto para crianças, que segundo ele, têm uma visão mais conceitual da imagem. As fotos desse fotógrafo genial são, mesmo, impressionantemente belas. Em grande parte, utilizam o contraste entre a luz e a escuridão, em uma referência à sociedade atual, cuja preocupação com a imagem exacerba-se, deixando de lado a humanização, e partindo para o produto, onde o “ter” vale mais do que o “ser”.

 “Eu fotografo o que imagino. As imagens são originais da minha cabeça, é uma questão mental, o registro físico é apenas uma representação do que está na minha imaginação. Minhas imagens são frágeis, eu nunca as vi, mas sei que existem, e várias delas me causam grande emoção, me tocando profundamente”.

A maneira simplista  de Evgen Bavcar emociona não apenas os especialistas em arte, mas todo aquele que se depara com seus trabalhos, principalmente, quando Bavcar exprimi em palavras a essência da sua arte:

Eu apenas coloco beleza visual no meu contexto de total cegueira”.

Contemplar as criações de Bavcar nos faz refletir sobre a nossa postura diante da vida. Quando um homem que não vê,  concebe imagens tão marcantes e cheias de sentimentos, capturando e expondo, inclusive, os próprios sentimentos, nos damos conta de que  nem sempre conseguimos reconhecer a beleza dadivosa de cada dia. Por mais dura e difícil que a vida pareça, geralmente, aqueles dotados de todos os sentidos são os que, mais facilmente, limitam a vida à lamentação!

Clique no link abaixo, e assista a matéria sobre a vida e a obra desse fotógrafo sensacional:

Fotógrafo cego busca poética da invisibilidade

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